top of page

O Tapete Persa

  • Foto do escritor: marizabarreiros
    marizabarreiros
  • 5 de mar. de 2022
  • 2 min de leitura

ree

Chamam de tapete Persa todo o tapete feito nos países que fazem parte da antiga Pérsia ou com desenho persa. Porém, o legítimo persa é aquele feito no Irã (antiga Pérsia).

A maior parte da população iraniana está ligada de alguma forma à tecelagem, o pastor de ovelha que provê a lã, o tintureiro que tinge a lã artesanalmente com corantes extraídos da natureza, o desenhista, o tecelão, o comerciante, o intermediário, o reparador e o exportador.


Mas o Irã não e o único país do oriente a tecer tapetes artesanais, a Turquia, Afeganistão, Paquistão, China e Índia também produzem.


ree


Na antiga Pérsia, os tapetes tecidos à mão e utilizam como matéria prima o fio de algodão, de lã e de seda.


No período pré-islâmico e islâmico, tribos nômades confeccionavam tapetes que eram vendidos para enfeitar tronos, mesquitas, palácios. Eram muito usados para oração nos oratórios e no chão . Neste período, haviam muitos tecelões e além dos centros de confecção criaram-se também os centros de tingimentos e produção dos fios ( algodão, lã e seda).


Os tapetes persas só chegaram à Europa por volta do século XIII, e os europeus os consideravam peças muito luxuosas e cars para serem estendidas no chão. Usavam-nas como enfeites de mesa e de arcas, cortinas, divisórias e até como obra de arte pendurado nas paredes. Ainda eram confeccionados à mão e considerados como obras de arte.

Entretanto, as duas guerras mundiais provocaram um declínio de quantidade e qualidade na produção de tapetes no Irã. Somente depois da Segunda Guerra, o governo do Irã tomou uma série de medidas que levaram a uma renovação do tapete persas.



ree

Contudo, com a Revolução Islâmica – em 1979 -, a produção de tapetes regrediu pois os tapetes eram considerados como “tesouros nacionais “ e não podiam ser comercializados no ocidente. Somente na década de 80 século XX, após a guerra Irã-Iraque, essa política foi abandonada e foi autorizado pelo governo, a comercialização (exportação) devido à importância dos tapetes como fonte de receitas. Os tapetes persas ( iranianos) começaram a ser vendidos por milhões de dólares à Europa e Estados Unidos e a produção de tapetes triplicou no oriente. Infelizmente, a demanda não foi tão significativa, e os preços dos tapetes tiveram drástica redução.

Atualmente, as técnicas tradicionais de tecelagem estão bem vivas, apesar da maior parte da produção de tapetes ter se mecanizado. Os tapetes tradicionais tecidos à mão, como eram nas tribos nômades, são comprados no mundo todo e geralmente são muito mais caros que os confeccionados à máquina.


Por isso, muitas vezes, você paga mais caro por um tapete com alguns defeitos de bordados ou simetria, pois são feitos por artesãos. E também por este motivo que um tapete antigo, mesmo danificado, tem valor maior do que um tapete confeccionado mecanicamente na atualidade.




 
 
 

Comentários


bottom of page